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terça-feira, 26 de março de 2013

Obstáculos no caminho do objetivo

Sabemos que a vida é repleta de imprevistos, nosso dia-a-dia não se faz num caminho sem obstáculos. Pelo contrário, as dificuldades aparecem independentemente da nossa vontade. Mas isso não é necessariamente um problema, porque não sai da normalidade da vida. 

O problema surge quando desistimos do que queremos perante as dificuldades. Quando evitamos ou fugimos destes obstáculos, podemos até sentir um alívio imediato, mas ele é passageiro, logo nos sentiremos incomodados e culpados pela desistência. 

Com os nossos propósitos, ou avançamos ou retrocedemos. Não estagnamos porque o tempo não para conosco, nem ele nem as oportunidades. Eles passam e não voltam. Então, quando paralisamos por causa dos obstáculos, na verdade regredimos por abrir mão do conhecimento, da habilidade ou da prática que desenvolveríamos. 

Se não temos muita consciência do por que abandonamos nossos planos, devemos observar se aquilo que queremos está realmente claro para nós, se foi bem definido, se é viável, se não estamos nos esforçando por algo muito vago, solto, sem consistência, uma ideia que por si não se desenvolverá. Caso a desistência nessas situações seja algo que se repita, vale observar se houve a cristalização de um hábito, de um padrão de comportamento que precisa ser revisto, porque agir assim, não trará nenhum resultado positivo, só será um entrave. 

Sobre isso, uma expressão do escritor romano Sêneca se destaca: “se você não sabe para qual porto está navegando, nenhum vento é favorável”. Ou seja, se não temos objetivos claros, corremos o risco de ficarmos desprevenidos e confusos desde em pequenas ações rotineiras no trabalho, ou até, vivendo à mercê das inconstâncias da do dia-a-dia, em função do acaso, sem grandes progressos, com um vazio no peito porque nos sentimos perdidos. Não ter um foco se torna, ao longo do tempo, muito estressante, é algo que abala fortemente a autoestima. 

Algumas pessoas também podem ter metas e objetivos bem definidos, mas no fim não fazem nada para realizá-los ou postergam indefinidamente o início das ações para colocá-los em prática. Quando percebem, o tempo se foi e o que era um objetivo no passado, hoje é apenas uma lembrança. É necessário desenvolver um sentimento de urgência e não permanecer no hábito de adiar os planos. 

Todos nós temos ou queremos desenvolver objetivos, mas uma coisa é tê-los e buscar realizá-los efetivamente, outra é ficar apenas sonhando, ou com ideias muito vagas e sem estabelecer planos para alcançá-los. 

Metas e objetivos nos dão a capacidade de agir, ao invés de reagir. Concentram nossos esforços, reduzem as possibilidades de fracassos e nos possibilitam antever eventuais insucessos para reorganizamos adequadamente nosso planejamento. 

Vale lembrar, que por melhor que sejam estruturados nossos objetivos, eventualmente nossos planos podem fracassar, claro que nem tudo irá acontecer como gostaríamos. Porém, o fato de não ter dado certo não é motivo de desistência, ele pode apenas ser indicativo de que o caminho que tomamos não foi o ideal. Então, cabe a nós repensar e reavaliar o que fizemos na trajetória deste objetivo que resultou em algo diferente daquele que queríamos. Devemos identificar o que foi inadequado, aprender com a falha e tentar outra vez.

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